quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Quer morrer?(Um conto sobre a dor )

Olá caros leitores e amigos,hj o dia foi bem chato,Porto Alegre mais estranha q o normal e os pensamentos e idéias me brotaram á mente como flores de primavera.
 Lógicamente como todos o sabem minhas idéias são sempre sentimentais extremas então por falta do q lhes escrever e sem mais delongas vamos ao conto desta noite fria de Outubro.


 Giulinna minha amiga tinha problemas.
Pelomenos era o q transparecia todas as vezes q nos víamos,quando alguém se afasta de mim ao ir para casa ou mesmo ir á algum lugar um sentimento forte me invade,as vezes é o sentimento(ou pressentimento ) é de q essa pessoa verei muitas e muitas vezes e as vezes é de ela sumirá na escuridão e se perderá de mim.
 Com Giu sentia isso,por isso pensava q meu instinto estava sempre se perdendo,mas certa vez eu acho q ele acertou em cheio,enquanto ela andava dando as costas para mim fiquei olhando seus passos rápidos e afoitos,e senti q essa seria a última vez q á veria,o acabou se confirmando,mas devemos começar esta história pelo começo.
  Eu e Giu (como todos a chamavam) nos conhecemos em uma destas rodas de amigos,acho q me apaixonei por ela assim q á vi,rosto rosado,olhos tristes mesmo quando ali sorria e cabelos longos loiros quase brancos q reluziam naquela noite,depois disso sempre no víamos e acabamos tornando-nos amigos quase inseparáveis.
Giu depois de um tempo começou á se abrir comigo e eu com ela pois tínhamos muitos pontos em comum,perguntei-lhe certa vez enquanto estávamos sentadas em uma escadaria pq ela sempre olhava as pessoas com tamanho medo,de tal forma q me parecia q estava prestes á chorar,contou-me ela então o seguinte:-Vejo as pessoas como monstros,classifico-as em 2 grupos,monstros q podem me ferir e monstros q vão me ferir,mas esses ferimentos não seriam mortais como os do primeiro grupo.
  Achei muitíssimo estranha essa comparação,mas dei uma risada gostosa ao final pq eu tbm as vezes imaginava algumas "anomalias" nas pessoas em q via na rua,mas isso eu fazia para rir quando estava sozinha escutando alguma conversa de ônibus quando ia para o trabalho.

 Após algum tempo,notei tbm q Giu era muito "azarada" ou mesmo "descuidada" ,ainda não sei bem,caminhávamos pelas ruas e quando ao atravessa-las eu muito cuidadosa q sou olhava para os dois lados ,observando o q e quem vinha em nossa direção,mas por alguma razão Giu sempre ficava para trás nesse curto percurso quase sendo atropelada diversas vezes,eu tbm ria disso achava q ela ficava encarando "seus monstros" particulares antes de seguirmos em frente e apenas se esquecia de me acompanhar em meus passos curtos e certeiros.
Passei sempre á pegar em sua mão depois de algum tempo,pois as vezes ela me assustava me fazendo soltar gritos extridentes de alerta para ela ou para o motorista q vinha em nossa direção,mas os "descuidos" não paravam ai.Giu tropeçava,deixava coisas caírem no chão ou mesmo chocava-se contra algumas paredes,ainda sim achava engraçado,pensava eu q ela queria ser engraçada ou chamar atenção,como uma criança carente,agora vejo....se o arrependimentos matasse...eu estaria morta!

 Fazia então 2 anos q nos conheçiamos,éramos unha e carne e eu sempre ou quase sempre lhe salvava de diversas maneiras mas aquele outono veio com alguns desgostos e transformou Giu em uma pessoa calada,não reconhecia minha amiga,seu tom de voz era baixo e sempre cuidadoso ,acho q com medo de errar as palavras e eram raras as vezes em q saíamos o q tbm estranhei bastante afinal sempre fui fã de ir nesses brechós da João Pessoa e ela era ótima companheira para isso !Logo passei a visita-la em seu apertado apartamento,ia todas ás quartas e sábados vê-la e sua aparência rosada e saudável sumia aos poucos.
 Uma noite sentadas em sua pequena sacada não me contive e lhe perguntei o q estava acontecendo ali de fato,era alguma desilusão amorosa?depressão?
Giu depois de um pequeno e saboroso sorriso me respondeu em voz baixa: "Nem uma coisa nem outra".
 Mas minha curiosidade não seçou e pedi-lhe para q se abrisse comigo q eu a entenderia q estaria com ela,minha amante,meu amor ,minha vida ,meu desgosto!!
 Dói-me contar as palavras q escutei naquela noite,dói-me lembrar e sinto até as veias de minha testa se sobre sairem tentando evitar o choro dolorido q isso me trás.
Giu começou-me a contar a seguinte história:

 "Sempre achei q não pertencia a este mundo,sempre tive medo um medo tão intenso e significativo para mim q me fazia ao em vez de andar correr,mantinha minha vida meus pertences todos em seus lugares,lugares perfeitos milimétricamente calculados e limpos,mas o medo de essas coisas saírem de lá me fazia checa-las de tempos em tempos.
Deveria ser um transtorno pensava eu fui á algum psiquiatra e ele então me deu seus remédio mais caros,estava tudo resolvido alegremente pensei!
 E resolvido ficou durante algum tempo,mas depois disso outra coisa substituiu esse meu perfeccinismo,eu tinha medo de mim,ao olhar para o espelho via ali uma criatura apática sem brilho algum no olhar e decidi de uma vez por todas morrer.Tentei então de todas as formas a morte,cortei os pulsos,enforquei-me e até uma arma comprei certa vez.Mas todos os "métodos" não foram eficazes e por fim acabei desistindo desta saída destriunfal da terra.
 Passei a amar a vida,todos os cheiros,os sabores,os amores,os sexos ,a dor,o prazer ,a alegria e mesmo a tristeza.Estando ao seu lado minha amiga tudo era perfeito,mas tudo parecia naquela época querer me matar,tú sabes bem disso quantas vezes não me gritou com pavor "Sai daí Giu quer morrer garota?" e eu sem saber nem do tú falavas até então sai correndo .
Imaginei q essa falta de sorte pudesse ser bobagem da minha cabeça,mas não é !
 Nos últimos meses os sentimentos q me faziam felizes passam a me atormentar,os cheiros não são mais novas descobertas,os sabores não são mais prazerosos,os amores....bom esses eu nem mesmo sei se eram reais ,o sexo é apenas sexo sem qualquer tipo de valor para mim ,a alegria me parece fútil a tal ponto q tenho vontade me bater quando em meu rosto meus lábios tencionam sorrir e o pavor o pavor me consome.
Parece um animal q me devora de dentro para fora,corroendo-me as viceras de forma lenta e dolorosa,minha voz dói-me parece-me um som terrível e ensurdecedor ...tenho vontade gritar,chutar,xingar e bater mas não posso algo me aprisiona!
Algo me corrói!
Me faz vitima de algo terrível!"
 Sai da casa de Giu com pensamentos e questionamentos ainda maiores do q antes e naquele momento foi perceber em suas palavras q não me amava!
Sim meu egoísmo me fez ficar cega!
 Fiquei alguns dias sem Giu em minha vida,digerindo as palavras daquela noite!
 Queria com todas as minhas forças q ela me amasse e eu lhe retribuiria com todo cuidado e felicidade q pudesse,lhe daria a vida!A minha vida!
 Depois de algum tempo já querendo me acostumar q eu sempre á amaria sem q ela quisesse á procurei novamente,fui á sua casa,bati á porta desesperada com medo...com saudades....com lágrimas!
Mas ela não estava lá,nos perdemos durante algumas semanas.
 Eu sentia um vazio,uma falta,uma perda mas não chorava por isso.

 Finalmente depois de muito tempo (tempo demais para mim),re encontrei Giu,estava de novo com a pele rosada e parecia feliz ,mas seus olhos....seus olhos....tinha algo estranho neles.Acho q fiquei tão extasiada com sua imagem q não quis creditar q algo estava estranho naquela noite.
 Giu propôs q caminhacemos o q aceitei com gosto,queria lhe contar ,lhe fazer perguntas e tocar sua pele por "acidente" por milésimos de segundo afinal isso me gerava uma extasie inimaginável.Giu contou-me q estav novamente se sentindo bem,q tinha encontrado alguém q estava feliz q o mundo era maravilhoso novamente e q eu ...eu era sua amada amiga....sim ela me amava...mas não como eu desejava,mais uma vez fiquei em êxtase e parecia q o paraíso era ali!
 Então ela interrompeu nossa caminhada e nossos risos,dizendo-me q estava atrasada q tinha de voltar para casa pois deveria encontrar-se com seu amado,para mim foi o fim de todo aquele paraíso,mas ela notando minha imensa decepção marcou para q tomássemos café com "espuminhas" como ela gostava de chamar na cafetaria da frente de minha casa o q me fez sorrir e olhar seus olhos q me esfaqueavam com promessas de estar ali para sempre.
 Giu minha doce amada saiu apressadamente,rua á cima e o sentimento de perda e de q nunca mais á veria voltou forte,mas como eu disse sempre sentia isso e não liguei de fato,naquele momento e novamente dói-me dizer desejei q ela morresse em meu braços dizendo q me amava ,uma cena quase Shekespeareana.
 No dia seguinte esperei-a no café,mas ela não chegou ,pensei á principio q ele estivesse atrasada como sempre,mas decidi não mais esperar e subi para meu apartamento,fiquei olhando para o café na esperança de vê-la chegar sentar e me esperar até q eu descesse rapidamente para lhe dar um forte e estalado beijo na bochecha e tirando os longos cabelos do rosto magnifico dela afim de um motivo só para toca-la.
 Logo ela apareceu na rua andava como sempre distraída dei um grito longo e ela finalmente me viu esboçando um sorriso largo como eu numa havia visto antes,fiquei olhando para ela como uma tola e neste momento algo á tirou de subto de meu campo de visão ,demorei a crer ela estava no chão,levei as mão frias á boca quase gritando mas o grito não saiu ,fiquei em choque e desejava q ela estivesse bem,vi as pessoas parando de subto na rua e olhando para ela e neste momento desci as escadas correndo para chegar á ela .
 Sentei no asfalto quente de sol ao seu lado e peguei sua mão olhando fixamente para seu lindo rosto,pedi q continuasse acordada e olhando para mim pois o socorro chegaria logo,Giu começou a desfalecer lentamente a névoa de seus olhos na noite anterior não estavam mais ali,e Giu sussurrou bem baixinho  algo enquanto me olhava segurando sua mão ,não escutei o q ela me disse e pedi q ela me repetisse,aproximei o ouvido de sua boca afim de escuta-la mas nenhum som me veio exceto uma respiração fria ....o suspiro....á o suspiro ....o último.
 Ela não estava mais ali jazia morta á minha frente a minha flor estava despedaçada,suas pétalas sem vida,abracei-me a ela de tal maneira q nem 2 homens conseguiram me fazer desgrudar dela,beijei-a como sempre desejei nas minhas noites solitárias enquanto olhava nossas fotos.

 Vocês devem imaginar q eu estava sofrendo não é?
 Mas não estava.
 Eu á beijei como nunca antes senti seus lábios,seu calor esvaindo para dentro de minha boca, toquei seus cabelos...á tive em meus braços como nunca antes ,senti cada articulação dela naquele momento naquela exato momento,aquilo era o céu era a realização de um sonho....

Devo confessar-lhes meus amores foi o dia mais feliz de minha vida!!!
Nunca mias senti a dor q ela me rasia com sua presença!

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