terça-feira, 27 de março de 2012

Você aprende.

 Você aprende a se odiar
 Você aprende a se matar
 Todos os dias quando toma o primeiro ar da manhã
 Tomando as dores dos outros

 Você aprende a deixar
 Você aprende a sonhar
 Quando você menos espera
 Quando os olhos não aguentam mais

 Você aprende a perder quando teme
 Você aprende a esquecer quando é esquecida
 O dia se torna noite
 Os sonhos pesadelos


 E assim os dias seguem
 Os olhos humidecem
 E a alma apodrece
 Não tem mais nada ali

Você aprendeu a deixar de viver.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Portas.

As portas da minha vida se fecharam
Poemas e pessoas estão trancados
Pedaços de maldade se acumulam
Errando em partido da lamúria

Essa é a proeza de perder
Começar a odiar todas as belezas

As portas do caminho se fecharam
Os sentimentos se perderam nos trilhos
Hoje sou apenas massa

Sem choro
Sem grito
Apenas minha face

As portas de minha mente se acorrentam
Prendendo tudo aquilo que desejo
Nem mesmo o prazer pode existir
Estão enjaulados animais imaginários

Faces ocultas em uma mesma vós.

domingo, 18 de março de 2012

Poemas ao sofrimento.


Escadas.

Pé por pé lá estou
Passos lentos olhar vazio
Quero morrer entre aqueles degraus

Angustias que aumentam ao subir
O peso dos pensamentos
Teorias mal feitas na trajetória

Segue-se a dor
Segue-se a penúria
Pés descalços e calejados

Não quero mais subir!
Degraus infinitos de angustia
Degraus feitos de desdem

Sou a morte daquele andarilho!

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Cidade.

Caem as primeiras gotas
Pesadas e belas
Gotejam sem dó

Fúria de algo que não entendemos
Fúria infame
Tortura quem a ama

A cidade chora
As danças não existem mais
Os risos cessam

Essas pessoas não tem mais alma!
Caras pálidas
Mortas em vida

Porque essa fúria?
Porque o castigo?
É o modo de vingança contra a cidade

É a vingança contra as pessoas
Seus mundos particulares destruídos
Nada pode reconstruir.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Escreve

Dedos manchados de nicotina
Amarelados como as folhas
Rabisca o papel

Choro calmo
Descem as lágrimas em silêncio
Tranquilo

Dor que se esconde em palavras
Sem sonhos ela segue
É o fim?

Partida ao meio
Nada lhe sobra
Traga a fumaça

Abaixa a cabeça e no papel continua
Ele é seu companheiro
Fiel

quarta-feira, 7 de março de 2012

Monólogo

O pendulo bate de um lado para o outro
Ansioso
Acabando com o silêncio
Quebrando a barreira

Ela bate as pernas na cadeira
Ansiosa
Temente
Com o anel de brilhantes marca os braços suavemente

Ele exige respostas
Perguntas se repetem
O olhar avalia as expressões do rosto dela
Não vê a tristeza

Ela esconde a escuridão
Renega os medos
Temente esquece deles
Abre a boca suavemente conta as decisões

Infame!!
Porque ela mente?
Renega ser mais que solidão
Quer a sua benção.

O pendulo continua a bater
Marca o silêncio
Segundos,minutos,horas...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Segunda Opção.

Juro-te amor
Em segredo guardo tuas fotos
Coloco tua imagem mais bela num pedestal

Quero te amar?
Me ajude a te entender!

Suplico tua minima atenção
Digo o q quer ouvir
Repito

As pessoas pequenas não são como tú
Me ame eu suplico em segredo

Meu inferno particular
Sombras
Não quero mais sofrer

Segue então teu caminho
Sem olhar minha face
Sem notar meu amor secreto

Te odeio tanto por não saber!
As lágrimas q me causa
Os ferimentos

Em segredo
Eu sei q nada sou

Quero me fechar aos sentimentos
Não mais falar
Deixar de respirar

E assim será q vai então me amar?
Morta estou!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Pensamentos no vento...

 Queria tanto me desculpar
 Algemar
 Repreender
 Represar
 Mas os temores
 Tremores
 Pedaços de mim
 Espalham-se em cada canto

Observo ao longe todas as coisas
Todas as pessoas
E sinto pulsar o vazio

Estou inquieta
Perdida em choros
Por que morrer não é fácil?

 Dizer Adeus é imperdoável?
 Nas conjunturas do destino
 De todas as coisas q eu não deveria fazer
 Seguir um caminho diferente ao estou

 Saio dos trilhos em colisão com os sentimentos
 Amar é fácil?
 Sorrir é fácil?
 E viver como pode ser fácil!

 Fico numa perna só equilibrando todos aqueles universos
 Sou um planeta sem vida
 Com o peso do tempo
 E das dores
 Nascem em sofreguidão partículas de silêncio

 Não quero mais solidão!





sábado, 29 de outubro de 2011

Dias

Quero morrer a cada nascer de manhã
Quero estar entre eles
Sem dor
Sem amor
Sem vingança
Frios e entregues ao nada

Quero estar entre os vivos
Rir em zombaria
Chorar em despeito
Viver em calor

Quero deixar de odiar
Recitar coisas boas
Te dar os parabéns
Seguir meu caminho

Quero que morra
Não deveras
Mas para mim
E agora estás
Morto

E eu sou uma sombra
Sem vida
Sem morte
Algo que assombra quem perto está

E em silêncio quero morrer
E quero viver
A cada nascer do sol.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um poema para Cláudia e outros mais...

Flores.
(Um poema para Cláudia q me atura a anos e q mora dentro do meu coração)


Apaixonada
Vives em um mundo de beleza
Borboletas q não sabe se quer colocar cor

Mas q isso minha flor?
Cor é parte de tí
Tons de rosa e roxo
Q as vezes teimo em querer para mim

Sonhos e generosidade
Sofrer não é uma opção para ti
Minha flor
Amar é sua regra
E essa a mais bela

Palavras q confortam
Quase maternal
E em pensamento te juro lealdade

E com cores vivas e cheirinho de lavanda
Pulamos em risos
Afinal rir e chorar são a regra das flores

E tú és aquela q a cada estação mudas de cor
Amadurece
Desabrocha
Me enchendo de de orgulho e carinho

Acalma-te flor logo o verdadeiro amor te chegas!
E esse arrebatador
Ai q te leves de mim
Por mesmo enegrecida em tristeza deixarei partir
Para o mundo dos sonhos q realmente mereces.

XXXXXXX

Sendo assim.

Sou um músculo
Como o coração
E assim como ele
Preciso de irrigação

Mas o q me faz ter vida são as pessoas
Que entram por minhas artérias
E assim me fazem bater
Viva e pulsante

E esse fluxo constante me dá motivos para continuar
Em movimento constante
Porém quando esse fluxo cessa
Começo a morrer
Deixando as vezes de pulsar

E em sofreguidão sub existo
Imploro tua afeição
Lamento
Quero viver afinal!
Pulsar novamente

E assim nesse ritmo lento começo a murchar
Diminuindo como um coração digno de transplante
Ou mesmo de massagem cárdieca

Mas tudo tem seu tempo
E logo vem meu socorro
Choque para cessar o sofrimento
Voltando á bater
Agora por mim mesma
Será?

XXXXXXX

Singelo

Na inquietação de uma vida sem sentido
Sorrindo sinceramente
Tomando a bebida dos Deuses
Segue-se o caminho
A escolha

Não somos únicos
Muito menos insubstituiveis
Pode-se correr
Fingir estar lá
Sonhar e escrever pequenos "ás"

De uma solidão q ninguém há de preencher
Falta!
Só as escritas podem com maestria
Anseiam
Por uma proteção q só o amor pode dar.