sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ela.


Os sonhos costumam se confundir com a realidade!
Os pesadelos são sempre reais!!

 Ela está sempre só,gosta disso,desse sentimento de poder q dá a solidão e assim pode escolher seus parceiros de noite, de conversa e abrir-se completamente para os estranhos,sem o medo de q eles a julguem ou mesmo se a julgarem ela não vai ligar pq são estranhos,estranhos perdidos na noite assim como ela.  Caminha pelas avenidas olhando para dentro dos carros, esperando ver algo de dentro deles,alguém.Vislumbra siluetas e enxerga faces entediadas do trânsito,imaginado de onde vem e para onde vão.Não gostando é claro dos vidros escuros de alguns carros pois esses escondem as faces e as coisas q podem dentro destes veículos acontecerem. As pernas doem mas ainda sim a caminhada torna-se prazerosa com o vento gelado do inverno batendo-lhe o  rosto e os respingos ainda pequenos da chuva q vai começar.
  Em seu comodo ,seu lar o barulho gostoso das teclas ecoam ,é sinal de vida para ela,de contato ,mesmo q esses contatos não existam realmente,é quase como um comprimento á quem ali está,cansados e descontentes com a solidão, as vezes misturada em um excército de amigos, quem sabe amigos invisiveis sem contato corpóreo.
Ela caminha no escuro tateando cada canto da casa,para assim não esbarrar,gosta de tocar todas aquelas coisas tão familiares e convenientes q dão a certeza e o conforto necessários de um lar. A solidão dá a impreenção de controle sobre as coisas q cercam o presente,medidas certas de passado e futuro.
 O copo sempre cheio e as garrafas sempre vazias como os sentimentos dela,coisas q estiveram ali dentro das garrafas mas q foram sorvidas com o tempo e não mais existem,logo recepientes descartáveis q ela guarda com carinho,coisas q só ela saberia explicar !
  Apaixona-se perdidamente por figuras...desapaixona-se na mesma proporção...e odeia com simplicidade,não desejando nd de mau ,apenas q sumam!
E essa cadeia de eventos, de fatos e de teias de aranha enfeitando as paredes concluem essa parte.
   Amantes:Seguem-se em noites,escuta cética promessas q sabe q nunca serão cumpridas,mas ela almeja não o carinho mas o prazer imediato,o calor das bocas e de ilusões q ela jamais acreditará,mesmo q um dia sejam pretensões reais.Momentos de insanidade e um comportamento continuo ,na verdade é bem previsivel todas as etapas de seu flerte,auter-égo q vem do fundo de copos descartáveis ,meias rasgadas e tinta velha nas unhas.
Encerra-se assim essa segunda parte!
  Ela tem medo de ficar sozinha,medo de ser todas as coisas q sempre abominou ,atirando para todos os lados em pedidos singelos de ajuda q não quer de fato.As lágrimas correm pela face seca marcando uma estrada salgada q deixa descer até o queixo pequeno,sem saber o q realmente a aflige.Debruça-se sobre a grande janela olhando as pessoas lá embaixo tão pequenas e ainda sim tão grandes.Conta o número de janelas ainda com luzes acessas e pergunta-se furtivamente se aquelas janelas com luz, são pessoas como ela ou se estão acessas por um méro acaso.
  Tudo nessa vida é acaso!!

Um comentário:

  1. Que texto profundo. Enquanto lia imagina todas as cenas assim como em um filme do Tim Burton, tudo obscuro e misterioso.
    Lindo.
    Parabéns!

    beijos

    ResponderExcluir